Após recurso da Defensoria Pública, o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) determinou que o adolescente suspeito de envolvimento na morte de um estudante em Anápolis responderá ao processo em liberdade. O crime ocorreu no dia 20 de fevereiro, próximo ao Colégio Estadual Leiny Lopes de Souza, no bairro Calixtópolis.
Além do menor, a mãe dele, de 43 anos, e o irmão, de 20, também são acusados pelo ato. Segundo o juiz Carlos José Limongi Sterse, titular do Juizado da Infância e Juventude da comarca de Anápolis, o TJGO aceitou a solicitação para que a Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai) investigue novas provas. O magistrado explicou que a decisão de liberar o adolescente não encerra o caso, mas visa entender melhor sua participação no “ato infracional”.
“Eu tinha mantido a internação provisória do adolescente, a Defensoria Pública recorreu e o Tribunal de Justiça soltou. O que quer dizer isso? Ele continua respondendo o processo, porém em liberdade”, esclareceu Limongi.
O juiz destacou que, apenas após novas apurações da Depai, será possível determinar as próximas etapas do processo, que pode resultar na reinternação, absolvição ou aplicação de uma nova medida ao menor. “É difícil dizer agora, depende do envolvimento no ato infracional. É muito prematuro dizer agora, antes de todas as provas e das audiências de instrução e julgamento”, afirmou.
No dia 20 de fevereiro de 2024, um adolescente de 14 anos foi assassinado a golpes de faca após a aula no Colégio Leiny Lopes, no bairro Calixtópolis, região Sudoeste de Anápolis. Câmeras de segurança registraram o início de uma briga generalizada, que, segundo a Polícia Civil, foi “marcada” na porta da escola.
Os suspeitos do homicídio foram presos pouco tempo após o ocorrido: a mãe, de 43 anos, e seus dois filhos, um de 20 e outro de 16 anos. Segundo a Polícia Civil, o conflito começou durante uma live do jogo “Free Fire” na noite anterior, resultando na briga no dia seguinte. Em depoimento, a mulher e o filho mais velho confessaram o crime. O rapaz alegou que o irmão estava sendo ameaçado e, ao buscar o adolescente na escola, a briga começou. A mãe confessou ter levado a faca que provocou a morte do estudante.
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