Um trabalhador rural de 55 anos foi preso nesse domingo (7/8) por suspeita de assassinar uma mulher e o filho dela, de apenas oito anos, no município de Itapirapuã, no interior de Goiás. Ele teria um relacionamento com a vítima de pelo menos dois anos e já foi preso em 2020 por agredi-la.
Os corpos de Joicimeire Conde Cardoso, de 38 anos, e do pequeno João Vitor Conde, foram encontrados em estado de decomposição em um sofá nas margens da rodovia GO-070 no sábado (6/8).
As investigações indicam que o trabalhador rural Benjamim de Araújo matou os dois na noite do domingo anterior (31/7) e em seguida escondeu os corpos. Ele está preso preventivamente e nega o crime.
Investigação
Familiares de Joicimeire relataram para a polícia que ela não era vista desde domingo. Um parecer inicial da perícia também definiu 31 de julho como a data provável da morte de mãe e filho.
Além disso, segundo o delegado Gustavo Barreto, que investiga os assassinatos, vizinhos ouviram barulhos de agressões na casa de Benjamim, onde ele estava na companhia de Joicimeire e da criança. Benjamim e Joicimeire tinham um relacionamento.
“Vamos aguardar a perícia na residência dele para ver se houve agressão na casa. É possível que não tenha sangue. A princípio não houve disparo de arma de fogo”, explicou o delegado ao Metrópoles. A perícia inicial descartou uso de arma de fogo e faca.
As causas das mortes ainda serão confirmadas. A suspeita é de esganadura. A polícia ainda investiga se houve a participação de outra pessoa na ocultação de cadáver.
Agressão
Não é a primeira vez que Benjamim tem problemas com a Justiça. Na manhã de 25 de outubro de 2020 ele foi preso em flagrante justamente por agredir Joicimeire.
Na época, ela procurou a delegacia logo após a agressão, ainda com hematomas na região do tórax e cotovelo. Segundo a vítima, ela foi agredida pelo então companheiro com socos e tapas, durante uma discussão.
Captura
Benjamim foi preso no domingo na fazenda em que trabalha. Nos finais de semana ele ia para uma casa que alugou em Itapirapuã, onde o crime pode ter ocorrido. A operação que levou à prisão foi da Polícia Civil com apoio da Polícia Militar.
Ao ser preso, ele negou o crime e ficou emocionado, segundo o delegado. O trabalhador rural teria confirmado que encontrou as vítimas na noite de 31 de julho, mas negou as agressões e os homicídios. Ele disse que dormiu embriagado e quando acordou, a mulher e a criança não estavam mais no local.