As circunstâncias exatas do episódio ainda não foram oficialmente reveladas, mas o comandante de bordo, Denis Evdokimov, relatou à imprensa russa que o Sukhoi Superjet 100 teve de fazer um pouso de emergência depois de perder parte dos equipamentos da aeronave em razão de um relâmpago. “Por causa do raio, perdemos o contato de rádio e passamos para o regime de pilotagem mínima (…). Ou seja, sem um computador como de costume, mas de maneira direta e em regime de emergência”, explicou o piloto ao tabloide russo Komsomolskaya Pravda. “Conseguimos restabelecer o contato via frequência de emergência, mas ela estava curta e operava apenas de forma intermitente (…). Conseguimos dizer algumas palavras e depois o contato se perdeu.” Segundo o comandante, foi por causa do pouso violento que a aeronave pegou fogo. “A razão é certamente que os tanques estavam cheios”, disse ele. As primeiras fontes relataram um incêndio a bordo, mas um vídeo publicado horas depois do acidente mostra a aeronave tocando o asfalto antes de pegar fogo. Imediatamente após a aterrissagem, os passageiros começaram a ser retirados pelos tobogãs da aeronave, enquanto as chamas se espalhavam rapidamente. Um total de 78 pessoas estavam a bordo da aeronave quando ela foi forçada a retornar para Moscou-Sheremetyevo, minutos depois da decolagem com destino a Murmansk, onde um luto de três dias foi decretado. Segundo o Comitê de Investigação, órgão responsável pelas principais investigações na Rússia, 41 pessoas morreram. Outras nove foram hospitalizadas, sendo que três delas estão em estado grave. De acordo com uma fonte citada pela agência pública Tass, um cidadão americano está entre os mortos.
Fonte Estadão