A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) está promovendo a reprodução em massa. No entanto, não se trata de iniciativa da Secretaria de Saúde, mas sim da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Joaninhas e crisopídeos estão sendo produzidos como forma de combate natural a pulgões e pragas tão indesejáveis em áreas verdes da cidade.
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck, a iniciativa está sendo baseada em uma experiência implantada em Paris. Na França, o governo teria utilizado do mesmo recurso para acabar com os insetos que danificavam os jardins públicos.
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Desde outubro deste ano, uma biofábrica já está em funcionamento na Casa Amarela, localizada no Parque das Mangabeiras, Região Centro-Sul da capital. Lá, os insetos estão sendo criados em laboratório, com dietas e temperaturas controladas.
Segundo o gerente de ações para sustentabilidade da Secretaria de Meio Ambiente e doutor em Entomologia – ciência que estuda os insetos – Dany Silvio Amaral, a iniciativa ainda está em processo de consolidação, visando o aumento da população dessas espécies. A previsão é de que, em um futuro próximo, a prefeitura já possa começar a doar kits com joaninhas e crisopídeos.
A maioria das joaninhas escolhidas para a reprodução tem sido capturada no Centro de Vivência Agroecológica (CEVAE) Capitão Eduardo. Conforme o gerente, o local tem uma estrutura que proporciona a presença de insetos.
Já os crisopídeos foram obtidos por doação de ovos de uma criação do Laboratório de Entomologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, em Viçosa. Os insetos são alimentados e colocados para acasalar e os ovos e larvas são cuidados para completar seu ciclo até atingir a fase adulta.