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Pai de Wanderson Mota diz a esperança era que ele tivesse mudado

(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

Um homem de 42 anos passou parte desta quarta-feira (19/1) no Instituto Médico Legal de Aparecida de Goiânia com a missão de liberar o corpo de um dos dois filhos de seu primeiro casamento. Ele é pai de Wanderson Mota Protácio, de 21 anos. Preso por triplo homicídio, o caseiro foi encontrado morto, com um lençol

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amarrado no pescoço, em uma cela do sistema prisional na manhã de terça (18/1). A tese do estado é que foi suicídio. O pai apresentava um ar entre abatido, assustado e entristecido. Nem bem passou o desespero ao saber das notícias dos crimes cometidos pelo filho no final de novembro do ano passado e a consequente caçada e prisão, o homem já teve que se deparar com a morte do caseiro. “A gente fica na lona, meio assustado”, disse ele ao Metrópoles, com exclusividade.

Apesar das passagens de Wanderson pelo mundo do crime desde a adolescência, quando teria praticado o primeiro homicídio, o pai chegou a acreditar que os rumos da vida do filho pudessem ter mudado. O motivo seria o namoro com Raniere Aranha Figueiró, de 19 anos, em Corumbá de Goiás.

“Ele ligava falando que estava bem. Falava que tinha casado, arrumado mulher. Dizia que estava bem, trabalhando e que ia ser pai. Disse que eu ia ser avô de novo. Minha esperança era que ele tivesse mudado de vida desde que disse que tinha uma família”, disse o homem.

Mas as esperanças do homem foram em vão. A mesma mulher que ele acreditava que mudaria a vida do filho foi assassinada por Wanderson a facadas na tarde do dia 28 de novembro de 2021 junto com a filhinha dela, Geysa Aranha da Silva Rocha, de apenas 2 anos.

Na fuga, Wanderson ainda matou a tiros o fazendeiro Roberto Clemente de Matos, de 73 anos, para quem prestava serviços. Ele teria cometido o crime para roubar uma camionete. Neste mesmo episódio, teria tentado estuprar a esposa da vítima, de 45 anos, não conseguiu e a baleou. A mulher sobreviveu.

Wanderson fugiu na camionete e a abandonou próximo a Alexânia, onde tem parentes. Passou nesta cidade, vendeu o celular que pertencia à jovem que ele tinha matado e fugiu de táxi até Abadiânia. Daí, embrenhou-se no mato, fugindo da polícia.

Os crimes cometidos e o modo de fuga fizeram com que as pessoas passassem a chamá-lo de novo Lázaro. Era uma alusão a Lázaro Barbosa, que meses antes tinha aterrorizado as pessoas da mesma região.

O homem lembra-se da época como uma espécie de pesadelo. De um momento para o outro, a ideia de que o filho tinha emendado de vida e constituído família caiu por terra. “Quando fiquei sabendo, já era aquela conversa feia”, diz ele a respeito dos crimes e da fuga.

O homem procurava, ao máximo, não acompanhar o noticiário. Era a esposa (madrasta do caseiro) quem acompanhava os telejornais e dava as informações. Por sorte, ficaram sabendo que Wanderson tinha se entregado em 4 de dezembro. Desde então não falaram mais com ele.

Morando em Minas Gerais, o pai estava planejando vir a Aparecida de Goiânia no fim deste mês para visitar o caseiro preso no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Mas não houve tempo suficiente. Por meio de uma ligação, ele ficou sabendo que o filho tinha sido encontrado morto na cela.

A vinda para Goiás, no caso, foi para retirar o corpo sem vida de Wanderson do IML. Até o início da noite desta quinta a família ainda não tinha decidido o destino do caseiro. Não era certo se ele será sepultado em Goiás ou se pode ser levado para Minas.

Wanderson Mota, que ficou conhecido como “novo Lázaro”, após fuga e perseguição policial em decorrência de um triplo homicídio cometido por ele, foi encontrado morto no presídio, em Aparecida de Goiânia, região metropolitana da capital, na manhã de terça-feira (18/1). Conforme nota da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), o rapaz estava na cela, pendurado por um lençol amarrado ao pescoço.

O criminoso encontrava-se detido no Núcleo de Custódia do Complexo Prisional de Aparecida, que é a unidade de segurança máxima de Goiás. Ele estava sozinho na cela, conforme a DGAP.

Apesar de ser tratado, a princípio, como um caso de suicídio, só a perícia poderá atestar o real motivo da morte. Wanderson foi encontrado morto por volta das 7h20, quando um servidor do presídio teria ido fazer a entrega do café da manhã.

Ele foi chamado até a porta da cela para pegar a refeição, mas não respondeu. Com isso, policiais penais teriam adentrado a cela e encontrado o homem já morto.

Currículo criminoso

O triplo homicídio em Corumbá não é única passagem de Wanderson pelo mundo do crime. A primeira morte teria sido ainda aos 13 anos, no Maranhão. Ele se desentendeu com o tio de uma namorada à época e matou o homem a facadas. Foi então que se mudou para Goiás, indo parar em Goianápolis.

Em dezembro de 2019, ele esfaqueou várias vezes uma jovem de 18 anos no dia do aniversário dela. Ela é irmã da madrasta de Wanderson. O caso foi em Goianápolis. O agressor só parou com os ataques porque a faca quebrou. Ele chegou a ser preso pela tentativa de feminicídio. O jovem foi solto em março de 2020.

Esse crime, aliás, conforme um parente do caseiro contou ao Metrópoles, teria sido o motivo para que a família se mudasse de Goiás para o interior de Minas.

Em 25 de novembro de 2020, Wanderson se envolveu em outro crime, dessa vez em Minas Gerais. Ele é apontado como participante na morte do taxista Maurício Lopes Mariano, de 25 anos, em São Gotardo. Ele foi preso na região junto com outras três pessoas (dois adolescentes). O taxista teria sido amarrado com o cinto de segurança e esfaqueado até a morte. As facadas teriam sido dadas pelo caseiro.

Chama a atenção o caso de Wanderson e as semelhanças com a história do criminoso Lázaro Barbosa, de 32 anos, que cometeu crimes em série no Entorno do DF em junho deste ano. Após cometer homicídios em sequência, o também caseiro passou 20 dias fugindo das forças policiais na região, até ser morto em um confronto no dia 28 de junho. Wanderson, aliás, confessou a amigos ser fã do Lázaro original.

Fonte Metrópoles

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