Pesquisadores da Universidade de British Columbia, no Canadá, estimam que cerca de 1 bilhão de animais marinhos – entre mexilhões, mariscos e outros moluscos – tenham morrido por conta da onda de calor extremo que atinge a região oeste do país.
Na fim de junho, o Canadá registrou temperaturas recorde acima dos 40 graus em sua área urbana. Em rochas e na areia da praia, onde ficam depositados os mariscos, os cientistas chegaram a registrar picos de até 50 graus.
O calor foi tão intenso que os especialistas acreditam que os moluscos foram literalmente “cozidos vivos” em uma praia da região de Vancouver, na Colúmbia Britânica. Os animais, mortos, agora apodrecem e liberam um cheiro desagradável na costa.
“Eu perdi praticamente 30% a 40% da minha produção de ostras e mariscos”, contou à agência de notícias Reuters o pescador Joe Tarnowski. “Eles realmente não gostam do calor”.
Christopher Harley, professor de zoologia na Universidade de British Columbia, disse em entrevista à CNN americana que foi vistoriar os animais após as altas temperaturas e sentiu “de longe” o forte cheiro: “é uma catástrofe”, disse o especialista.
Ele explicou que os moluscos até conseguem enfrentar as altas temperaturas por conta de um mecanismo que os permite guardar a água das marés dentro da própria concha – refrescando um pouco. No entanto, além do calor extremo, a costa oeste do Canadá também experimentou uma baixa no regime das marés, o que formou uma combinação mortal para estes animais.
Fonte G1
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