Railma Lisboa, que foi brutalmente atacada a golpes de facão e teve uma mão decepada pelo ex-companheiro em Anápolis, em outubro do ano passado, organiza uma vaquinha para comprar uma prótese. A meta colocada por ela é de R$ 180 mil. No perfil criado no site vakinha.com.br, ela lembra que foi “vítima de uma tentativa brutal de feminicídio cometida pelo o ex-marido. Fui atacada de forma covarde e isso resultou na perda de uma das minhas mãos, enquanto a outra foi reimplantada após uma série de cirurgias”. E ainda: “Apesar de todos os esforços médicos, ainda não recuperei os movimentos da mão reimplantada.”
Ela afirma que, atualmente, depende de outras pessoas para as tarefas mais simples do dia a dia, como comer e vestir. “Para recuperar minha independência e dignidade, preciso de uma prótese que me permita realizar essas atividades sem precisar depender tanto dos outros”, diz e esclarece que o custo do tratamento e do equipamento é muito alto. Nas redes sociais, ela também narrou o caso e explicou a situação em vídeo. Railma tem dois filhos, de 9 e 7 anos. Além de auxiliar pela página dela no site vakinha.com.br, é possível fazer um PIX pelo número 02338136675.
Mulher teve mão decepada pelo ex em ataque com facão
O crime ocorreu no bairro São Jerônimo, em Anápolis, enquanto Railma, de 26 anos, ia para a faculdade na garupa de um mototaxista. O ex-marido, identificado como Marcos José Cardoso, de 42 anos, a perseguiu e a atacou com um facão após jogar o carro para cima da moto em que ela estava. Os golpes resultaram na amputação da mão e parte do braço da vítima, além de lesões no couro cabeludo. Dois dias antes do crime, a vítima tinha conseguido uma medida protetiva contra o ex-companheiro. A delegada Isabella Joy, responsável pelas investigações, afirmou que Railma procurou a Polícia Civil na semana anterior ao ocorrido, após perceber que estava sendo seguida por Marcos. Em 2022, ela já havia solicitado uma medida protetiva contra ele, mas retirou a denúncia dias depois.
Juntos há 10 anos, eles estavam separados há 2 meses após muitos anos de abuso psicológico e físico, segundo a família. Railma tinha muito medo e já estava pensando em mudar de cidade.Preso em flagrante em Anápolis, Marcos José passou por audiência de custódia no dia 4 de novembro e teve a prisão convertida em preventiva por tentativa de feminicídio.
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