Adolescente foi resgatada em uma área de mata fechada na Grande Florianópolis – onde foi mantida em cárcere privado pelo ex-vizinho de 51 anos
Após dois meses e 13 dias de espera e angústia, a família da adolescente de 13 anos que estava desaparecida na Grande Florianópolis pode respirar aliviada. A menina, que desapareceu na noite de 31 de julho com uma mochila e seu animal de estimação, foi encontrada em uma barraca numa região de mata.A vítima foi resgatada do cativeiro, onde foi mantida em cárcere privado pelo ex-vizinho de 51 anos, na tarde de domingo (13). O local fica a 20 quilômetros de onde ela foi vista pela última vez. Era perto das 16h quando a tia da menina recebeu uma ligação do cabo Sérgio Ribeiro, da Delegacia de Polícia de Pessoas Desaparecidas. “Quando eu a vi, me emocionei. Fiquei muito feliz, finalmente acabou essa angústia”, contou a familiar. A menina passou a noite sob os cuidados do Conselho Tutelar. Na manhã desta segunda-feira (14), ela foi ouvida por uma psicóloga policial. O depoimento especial será anexado ao inquérito que investiga o caso.
Plácido é procurado pela Polícia – PM/ND
Segundo o relato da vítima, ela passou os dois meses dentro da barraca onde foi encontrada, em condições precárias, na área de mata fechada cujo acesso só era possível por uma trilha. A polícia confirmou a suspeita de que ela estava sob a posse do ex-vizinho, um homem de 51 anos. A aproximação dos policiais ao cativeiro fez com que o suspeito, Plácido Cardozo, se embrenhasse pela mata. Ele é considerado foragido da Justiça. Um mandado de prisão já havia sido expedido no curso das investigações por estupro de vulnerável. No local do cativeiro, considerado insalubre pela polícia, foi apreendido um revólver de calibre 32 com seis munições. A suspeita é de que a arma era usada para manter a adolescente calada e evitar sua fuga. A Polícia Civil está divulgando a foto do suspeito para que a população ajude a com informações pelos telefones 181 e 190.
Cabelos da vítima foram cortados para despistar a polícia
No último dia em que foi vista, em 31 de julho, a menina se encontrava na casa da mãe. Segundo a família, ela saiu da residência com o animal de estimação e, desde então, não foi mais vista. Quando foi encontrada, na tarde de domingo (13), a menina estava com o cabelo cortado e pintado. A mudança do visual teria sido feito pelo suspeito com o intuito de despistar a polícia. O cachorrinho dela fugiu pela mata e não foi mais visto. “Ela estava muito diferente, triste, de cabeça baixa. Me abraçava e dizia que me amava e chorava muito”, contou a tia.