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Justiça mantem prisão de mãe e filho suspeitos de matar adolescente e deixar outros dois feridos na porta de escola em Anápolis

​A Justiça decidiu manter uma mulher, de 43 anos, e o filho dela, 20, presos preventivamente, em Anápolis. Os dois são suspeitos de matar um adolescente de 14 anos na porta de uma escola, além de também terem deixado outros dois estudantes, de 13 e 15 anos, feridos. Mãe e filho aparecem em vídeo perseguindo alunos com martelo e uma faca durante uma briga. A audiência de custódia aconteceu na tarde desta quinta-feira (22). Na decisão, o juiz Renato César Dorta Pinheiro argumentou que ambos os suspeitos agiram intencionalmente com violência e colocaram em risco a vida de outras pessoas.

“Agiram nas proximidades da escola, durante o fluxo de saída de alunos, fato este que indica (…) a despreocupação em atingir outras pessoas, especialmente crianças e adolescentes”, afirmou o magistrado.

O crime aconteceu na terça-feira (20), próximo ao Colégio Estadual Leiny Lopes de Souza. De acordo com a Polícia Civil, na noite anterior, uma discussão em um jogo online entre estudantes da escola motivou a briga na porta da unidade. O suspeito de 20 anos, irmão mais velho de um dos adolescentes envolvidos na briga, chegou ao local acompanhado da mãe para tirar satisfação com os estudantes. Durante a confusão, mãe e filho acabaram atingindo três alunos. Um deles morreu na hora e os outros dois foram internados no hospital. Ao falar especificamente sobre a ação da mulher no crime, o juiz considerou que ela agiu de forma irresponsável, pois incentivou os dois filhos a brigarem com outros adolescentes. O filho dela, de 15 anos, que estava envolvido na briga, também acabou apreendido depois do crime.

“Em vez de seguir para sua residência, ela parou o veículo para permitir que seus filhos se envolvessem em uma briga. Além disso, ela se inseriu na desavença portando um martelo, agindo com total irresponsabilidade”, disse o juiz.

“Como genitora, a custodiada deveria não apenas orientar seus filhos a não praticarem delitos, mas também impedir situações que colocassem em risco a vida de outras pessoas. Entretanto, os relatos colhidos (…) apontam que ela, na verdade, foi quem instigou toda a situação”, completou.

​Os dois adolescentes que sobreviveram ao ataque foram levados para o Hospital de Urgências de Anápolis (Heana). Um deles, de 13 anos, fez uma “ligadura na parede abdominal” e recebeu alta na manhã seguinte ao crime. Já o outro, de 15 anos, continua internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave. Ele passou por uma laparotomia para retirada de parte do cólon, de um dos rins e do baço. Ele está sedado e a equipe médica tem feito a diminuição gradual da dosagem.

Fonte  g1

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