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Juíza condena homem por feminicídio e afirma: ‘Não é assim que se ama’

(foto: TJMG/Divulgação)

Foi condenado a 19 anos e três meses de prisão por feminicídio um morador de Raul Soares, na Zona da Mata, acusado de matar a ex-companheira a facadas em 2017. Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Larissa Caitano da Silva, que tinha 21 anos, possuía medidas protetivas contra o representante comercial Cristiano Gualberto da Silva. O julgamento foi realizado na segunda-feira, mas a sentença foi divulgada ontem pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).  O crime ocorreu na noite de 15 de setembro na Avenida Governador Valadares, no centro do município. O prédio do Fórum é localizado na mesma avenida. Cristiano deu 15 facadas em Larissa, a maioria nas costas, ao vê-la com outra pessoa. Segundo publicaram portais de notícias da região na época, a jovem chegou a ser socorrida, mas morreu no dia seguinte no hospital da cidade. Cristiano foi localizado em outubro e acabou preso.  A juíza Marié Verceses da Silva Maia entendeu que a situação ultrapassou a inerente ao feminicídio, diante do considerável número de facadas, que revela a extrema crueldade do acusado. Ela também reforçou que as circunstâncias também pesaram em desfavor do réu, uma vez que Larissa já possuía medidas protetivas deferidas e vigentes porque Cristiano já a havia agredido em outras ocasiões. Segundo o TJMG, o réu chegou a afirmar que amava a ex-companheira assassinada, ao que a juíza, ao final da sessão, respondeu: “Não é assim que se ama. Amar também é renúncia, é permitir que a pessoa amada siga seu rumo se a relação não mais lhe for conveniente”.  Cristiano foi condenado por homicídio quadruplamento qualificado por motivo fútil, com emprego de meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher por razões da condição do sexo feminino (feminicídio), já que envolveu violência doméstica e familiar.

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