Jovem morta que teve bebê arrancado da barriga conheceu suspeita do crime pelas redes sociais, diz família

A família da jovem Pâmella Ferreira Andrade Martins, de 21 anos, que estava grávida de oito meses e morreu após ter a barriga cortada e o bebê arrancado, disse que a vítima e a suspeita de cometer o crime se conheceram pelas redes sociais e mantinham uma amizade há poucos meses. Na delegacia, a presa deu outras versões e disse que conhecia a vítima desde a época da escola.

A mãe da vítima disse que a suspeita teria feito contato com Pâmella pelas redes sociais e então começaram uma amizade. “Nós tivemos informações de que ela já tinha feito contato com outras meninas tentando fazer isso, procurando um alvo. Só que as outras não caíram. Minha filha, por bondade, achando que ia ter uma nova amizade acreditou nela e ela fez o que fez com minha filha”, disse a mãe de Pâmella, Marta Ferreira.

A irmã de Pâmella chegou em casa procurando ela, mas não a encontrou. A irmã viu uma mancha de sangue na sala que ia até o banheiro. Quando chegou no banheiro, viu a vítima no chão, já morta. “Foram arrastando ela do quarto até o banheiro. A porta da sala estava trancada, precisamos arrombar, mas a do banheiro tava aberta. Comecei a gritar, meu pai veio. Aí o pessoal chamou a polícia, depois a ambulância chegou lá”, contou a irmã, Natália Ferreira.

A suspeita foi presa depois de dar entrada na UPA com o bebê já morto. O delegado que investiga o caso, Márcio Caldas, disse que a suspeita apresentou outras versões do caso. “A notícia chegou primeiro de que uma mulher narrava que teve um filho em casa e teria levado na UPA mas a criança já estava morta. A UPA encaminhou a mulher para o hospital. No hospital, detectaram que ela nunca esteve grávida. A partir daí que chegou a desconfiança de que, no mínimo, haveria uma ‘adoção à brasileira’, quando alguém quer dar um parto alheio como próprio”, disse o delegado.

Segundo o delegado, na delegacia ela não sustentou o que alegou no hospital. “Na delegacia ela não disse que teve o bebê. Ela disse que encomendou a criança a uma pessoa que ela conheceu. Eu questionei a versão que ela deu na UPA e aí história foi ficando mais macabra”, afirma Márcio Caldas. A família disse que elas se conheceram nas redes sociais, mas ao delegado, a mulher presa afirmou que já conhecia Pâmella desde pequena.

“Em dado momento ela disse que tinha encomendado a criança mas não imaginava que fosse matar alguém pra conseguir essa criança. E achou que a intermediária ia pegar de uma pessoa que não teria condições de criar a criança. Eu falei que a criança era de uma grávida que foi morta no Nova Holanda. Questionei se ela conhecia a vítima, ela disse que conhecia e que estudaram juntas desde a época da escola”, continuou o delegado.

O delegado disse ainda que a polícia encontrou provas de que a presa esteve na casa da vítima no dia do crime. “Ao fazer uma busca na bolsa da autora, encontramos um cartão de motorista por aplicativo cheio de sangue e encontramos uma chave. Quando policiais civis foram até a casa da vítima, perceberam que a chave abria o cadeado e o portão de entrada da casa da vítima”. A polícia ainda investiga se a presa matou a gestante ou se ela de fato encomendou a criança e se teve a participação de outra pessoa no crime.

Fonte G1

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