Se confirmada nas próximas horas a greve proposta pelo Sindicato dos Professores da Rede Municipal de Anápolis (SINPMA), este deve ser um dos capítulos mais tristes da história de lutas por direitos dos professores.
Isto porque, neste caso, o movimento é claramente desconexo com a realidade do município, do Estado e do país. Enquanto todas as classes trabalhadoras seguem suas atividades, a grande maioria delas desde antes de existir uma vacina contra a Covid-19, o sindicato dos professores da rede municipal de
Anápolis propõe uma greve, alegando que os professores só podem voltar para as salas de aula após receberem a segunda dose da vacina. Vale lembrar que todos já estão imunizados com a primeira dose e muitos já com a segunda também, pois
Anápolis foi o primeiro município goiano a vacinar profissionais da educação, ainda no mês de maio.
Uma greve neste momento, sem qualquer razão, levanta todo tipo de questionamentos por parte da população. Qual a razão verdadeira para os professores permanecerem em casa? Será que estão realmente preocupados com o futuro dos mais de 20 mil alunos? Existe um movimento político por trás de uma ação desconexa como esta?
As respostas são óbvias e o grande problema é que os bons professores sabem disso. E eles podem pagar o pato pela má conduta de alguns.
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