O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta sexta-feira (24/1) que o governo não adotará “medidas heterodoxas” para conter o preço dos alimentos. A declaração ocorreu após reunião sobre o tema convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Rui destacou que o preço dos alimentos é definido pelo mercado, e que o governo não irá interferir. Segundo ele, porém, a gestão vai agir para facilitar a importação de produtos que estejam mais baratos no mercado externo, estimular a produção e rever os custos de intermediação dos vales-alimentação.
“Nenhuma medida heterodoxa será adotada. Não haverá congelamento de preços, tabelamento, fiscalização — não terá ‘fiscal do Lula’ nos supermercados e nas feiras — não terá rede estatal de supermercados ou de lojas. Isso não existe e sequer foi apresentado na reunião, nesta ou em qualquer outra reunião”, declarou Rui a jornalistas após o encontro. Também participaram os ministros Carlos Fávaro, da Agricultura, e Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, além do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Vale-alimentação e importação
Temores sobre uma possível interferência direta do governo no preço dos alimentos circularam nesta semana após fala de Rui Costa sobre “intervenções” estudadas pelo governo. O termo, porém, segundo o ministro e a Casa Civil, foi mal colocado. Desde então, o governo age para afastar a possibilidade. No curto prazo, segundo Rui, o governo vai reduzir ou zerar o custo de intermediação dos vales-alimentação, atualmente estimado entre 10% e 15%. Para a gestão, a mudança pode aumentar o poder de compra de alimentos para a população. A Fazenda está estudando a medida e deve apresentar uma proposta a Lula até semana que vem. “Não é correto que o trabalhador receba um vale alimentação, e 10% dele esteja sendo apropriado pela intermediação”, afirmou Rui Costa.
O ministro anunciou ainda que, no curto prazo, o governo pode zerar a alíquota de importação de “todo e qualquer produto que esteja mais barato no mercado internacional”, como forma de estimular a queda no preço interno, aumentando a oferta do produto. Já no médio e longo prazo, o governo trabalhará por incentivos à produção, especialmente de alimentos que estão na Cesta Básica. Governo espera cenário melhor em 2025
O diagnóstico do governo é que a inflação de alimentos foi fortemente afetada pelos eventos climáticos extremos de 2023 e 2024, mas que o cenário não deve se repetir. A expectativa é que a “supersafra” contribua para reduzir os preços, com produção 8,3% maior do que a safra anterior. “A expectativa é extremamente positiva de uma supersafra esse ano. Na lei de mercado uma maior oferta leva a um menor preço”, disse Rui Costa. Carlos Fávaro, por sua vez, apontou que houve menos intempéries climáticas no final do ano passado que possam afetar a colheita, em comparação com os anos anteriores, citando as enchentes no Rio Grande do Sul e a seca na Amazônia. “Deus nos abençoou com um clima muito favorável”, afirmou o ministro.
Fonte Correio Braziliense
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