Governo leiloa BR-364/365 nesta sexta-feira

Será concedido à iniciativa privada um trecho de 437 quilômetros, ligando as cidades de Uberlândia, em Minas Gerais, e Jataí, em Goiás. Essas estradas fazem conexão com as rodovias BR-050 e BR-153, e são um importante corredor de escoamento da produção agroindustrial do sudeste goiano e Triângulo Mineiro.

O governo federal leiloa nesta sexta-feira (27) a concessão da rodovia BR-364/365, a primeira do tipo no governo  Bolsonaro. O leilão está marcado para às 10h, na sede da B3, em São Paulo. O certame estava previsto para acontecer em 18 de setembro, mas foi adiado. As propostas foram entregues pelas empresas interessadas no dia 23 de setembro.

Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a tarifa máxima de pedágio será de R$ 7,02. Vencerá a disputa o grupo que oferecer o maior deságio (desconto) nessa tarifa. A concessão prevê sete praças de pedágio: quatro em Minas Gerais (Uberlândia, Monte Alegre de Minas, Ituiutaba e Santa Vitória) e três em Goiás (Paranaiguara, Cachoeira Alta e Jataí).

O prazo de concessão é de 30 anos. O investimento previsto é de R$ 2,06 bilhões para obras e de R$ 2,51 bilhões em custos operacionais como conservação, operação e monitoramento, totalizando R$ 4,57 bilhões ao longo dos 30 anos da concessão.

Entre as principais obras previstas para a rodovia estão a duplicação de 44,2 quilômetros e 134,30 quilômetros de faixas adicionais, além da complementação das obras do chamado Trevão (entroncamento da Rodovia BR-365/MG com a Rodovia BR-153/MG).

O último leilão de rodovia pelo governo federal foi o da concessão Integração do Sul (RIS), realizado em novembro de 2018, do qual saiu vencedora a Companhia de Participações em Concessões, do grupo CCR.

Entre as próximas a serem leiloadas está a BR-101/SC, no trecho de 220,4 km entre o sul de Palhoça/SC e a divisa com o Rio Grande do Sul, com previsão para janeiro do ano que vem e que seguirá o mesmo modelo do leilão desta sexta.

Na sequência, será concedida a BR-381. O certame terá um modelo híbrido, que prevê deságio de tarifas e também o pagamento de outorgas ao governo, segundo a ANTT.