Com o avanço das políticas de inclusão de pessoas com deficiência, em âmbito escolar e demais setores, a deputada estadual, Vivian Naves (PP), propôs, nos últimos dias, na Assembleia Legislativa, a criação de um Programa Estadual de Proteção e Atenção às “Mães Atípicas”, responsáveis por estas crianças e jovens, preenchendo o que considera ser uma lacuna aberta sobre o assunto.
A ideia de Vivian é fortalecer e direcionar as ações da rede estadual de saúde para amparo contínuo das mães de crianças e jovens com deficiência, síndromes, transtornos, doenças raras, TDAH, TDA e dislexia, dentre outras condições que acabem exigindo cuidados extras por parte das responsáveis. Apesar dos avanços das políticas de inclusão no estado, a parlamentar enfatiza os desafios e traumas que afetam a saude mental destas mães.
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“A saúde mental tem sido cada vez mais foco da atenção da saúde preventiva, até pelo tanto que está ligada ao desenvolvimento de inúmeras patologias. Essas mulheres são verdadeiras guerreiras, admiráveis, mas obviamente que o corpo humano tem seus limites e nossa ideia é ajudá-las com isso. Com essa assistência psicológica e psiquiátrica reforçada, estas mulheres poderão enfrentar estas desafios diários com mais equilíbrio emocional e força para lutar por seus direitos”, comenta Vivian.
No projeto, a deputada cita a importância da criação de grupos de apoio para troca de experiências, combatendo a ‘invisibilidade’ destas mulheres, capacitando continuamente profissionais de saúde para garantir a este público alvo acesso a sessões rotineiras com psicólogos e psiquiatras. A ideia do programa é incluir, cada vez mais, a própria sociedade dentro da temática.
“Defendemos a ideia de campanhas de conscientização para chamar mesmo a atenção da sociedade sobre a importância de estender a mão para estas mães que se desdobram e são fundamentais não só para seus filhos, mas para toda a coletividade”, enfatiza a deputada, que defende seu projeto muito mais pelo viés de organização administrativa do que propriamente a criação de novos gastos públicos.
Entre as ideias sugeridas está a de, por exemplo, rastrear estas mulheres que vivem essa realidade no interior. “Quando uma mãe atípica mora em uma grande cidade, ela até costuma ter bastante acesso a diversos serviços, mas isso fica mais difícil em locais mais afastados e em cidades menores. Por isso nossa ideia é ampliar os atendimentos virtuais e garantir que todas sejam muito bem assistidas”, cita a deputada.
O projeto, que já tramita na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da ALEGO, reforça a ideia da ‘inclusão’ como carro-chefe da proposta. “Quando uma mãe transforma sua vida pela necessidade de atenção especial do seu filho, é lamentável que muitas vezes escolha o isolamento. Nós, enquanto sociedade, não podemos permitir que essa mulher reduza seu mundo ao filho e vice-versa, como se não fossem dignos de mais. Todos merecessem uma vida de qualidade. É o que queremos para estas mães”, finaliza Vivian.
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