Exclusivo a Realidade da UPA de Anápolis

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Anápolis, a maior da região Centro-Oeste e administrada pelo Instituto de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), desempenha um papel vital no atendimento 24 horas desde sua inauguração em julho de 2014. No entanto, diversas reclamações dos usuários que buscam atendimento no local levaram a equipe do Anápolis Informa buscar uma resposta ao entrevistar o diretor da unidade.

Durante a entrevista com Sebastião Bismarques da Silva, diretor da UPA, foram abordados os desafios enfrentados pela unidade. Ele destacou que, embora a UPA seja projetada para casos graves ou urgentes, 65% dos pacientes que a procuram têm perfil verde ou azul, ou seja, deveriam buscar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A sobrecarga torna-se evidente pelos números expressivos de atendimentos, que ultrapassam a capacidade contratada. Em alguns dias, a unidade opera com médicos e leitos acima do previsto, resultando em desafios para manter a qualidade do atendimento.

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A UPA, classificada como tipo III, atende aos requisitos para municípios com uma população entre 200 e 300 mil habitantes, proporcionando até 400 atendimentos diários, com 6 médicos, 15 leitos de observação e 4 leitos de sala vermelha (urgência). No entanto, tem enfrentado uma demanda diária que chega a 600 atendimentos, totalizando quase 20.000 atendimentos mensais.

Entre os desafios significativos estão a resistência em aceitar transferências de pacientes, a permanência prolongada de pacientes na unidade e a sobrecarga da equipe. Isso resulta na necessidade de transferir pacientes para outras unidades, com tempos de permanência máximos de 24 horas para observação e 4 horas para pacientes em situação de emergência (entubados).

Ao abordar as perspectivas futuras, Bismarques enfatizou a importância da conscientização da comunidade sobre a utilização adequada dos serviços de saúde. Ele destacou que uma mudança de entendimento por parte da comunidade poderia reduzir a sobrecarga e aprimorar a eficácia do atendimento.

Em conclusão, o desafio crucial enfrentado pela UPA reside na necessidade de conscientizar a comunidade para otimizar a utilização dos serviços de saúde, assegurando um atendimento eficiente e equitativo.

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