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https://play.google.com/store/apps/details?id=com.shoutcast.stm.radioanapolisinformaoficia Três policiais militares foram presos em Anápolis, Goiás, após a morte de Douglas Araújo da Silva, de 19 anos, durante uma abordagem policial em abril de 2022. A prisão foi decretada pela Justiça no dia 24 de fevereiro de 2023, após denúncia apresentada pelo Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO).
De acordo com os promotores que assinam a denúncia, os envolvidos se envolveram posteriormente em outras mortes durante ações policiais, o que justificou o pedido de prisão. Além disso, as testemunhas relutavam em depor por medo.
No momento da abordagem, Douglas estava a caminho da casa de um amigo com uma pistola de airsoft, um modelo de arma que é usada em jogos simulados. Ele foi abordado por terceiro sargento V. L.V .C, de 36 anos, e pelos soldados R.T.R, de 35, e J.F.C, de 31.
Os policiais alegam que Douglas estava com um volume suspeito por baixo da camiseta e que ele teria sacado uma arma quando solicitado a levantar a roupa. Segundo os PMs, eles agiram “na antecipação do confronto” e efetuaram 16 disparos, sendo que 15 atingiram o jovem. Os policiais afirmaram ter encontrado um revólver calibre 32 com seis munições, sendo uma deflagrada, mas a denúncia do MP-GO afirma que a arma foi plantada para reforçar a versão de iminência do confronto.
Um exame pericial na arma apresentada não encontrou fragmentos em condições técnicas para realização de confronto papiloscópico, o que reforça a suspeita de que a arma foi plantada na cena do crime. Além disso, o IPM, inquérito feito pela Polícia Militar, colocou em xeque a versão dos policiais. O relatório aponta que alguns disparos possivelmente foram efetuados com Douglas já no chão, denotando excesso na ação policial.
Tanto no laudo cadavérico como na denúncia feita pelo MP-GO, é dito que Douglas foi atingido por disparos em várias partes do corpo, seja de frente ou de costas, em pé, caindo ou já no chão. Mesmo assim, os policiais informaram no boletim de ocorrência que afastaram o suposto revólver que estaria em posse da vítima porque ela apresentava ainda sinais vitais. Quando o socorro médico chegou, entretanto, o jovem já estava morto.
Os policiais militares foram denunciados pelos crimes de homicídio qualificado, fraude processual, falsidade ideológica e associação criminosa. Os três acusados estão presos e serão submetidos a julgamento pelo Tribunal do Júri.
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