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Coronavírus Morte de médico que fez alerta sobre o vírus gera revolta na China, e governo anuncia investigação

Imagem mostra foto do oftalmologista Li Wenliang, que morreu com coronavírus após ser reprimido pela polícia chinesa ao tentar alertar sobre o surto quando ele ainda estava no início. Retrato foi visto entre flores em frente ao Hospital Central de Wuhan, na China. — Foto: STR/ AFP

morte do médico Li Wenliang – apontado como um dos primeiros a identificar a existência do surto do novo coronavírus, alertar as autoridades, e ser convocado pela polícia pela atitude – provocou uma onda de revolta na população, informou a agência France Presse. A reação negativa após a morte do médico levou as autoridades do país a anunciarem a abertura de uma investigação. A prefeitura de Wuhan deu pêsames à família. O doutor Li, de 34 anos, morreu no hospital central de Wuahn, cidade de 11 milhões de habitantes que está isolada do mundo desde 23 de janeiro. O oftalmologista contraiu a doença quando tratava um paciente. O governo da China vem sendo acusado de subestimar a gravidade do vírus no início da proliferação da doença e de tentar mantê-lo em segredo. A morte de Wenliang ilustra a situação caótica dos hospitais de Wuhan, muito saturados. Um alto funcionário do governo provincial admitiu na quinta-feira que os profissionais da área da saúde não contam com equipamento de proteção contra o vírus. No início de fevereiro, o governo chinês admitiu falha na resposta à epidemia do novo coronavírus. A morte de Wenliang trouxe ainda mais a sensação de descaso das autoridades com a população. As redes sociais foram tomadas por hashtags contra o governo, mas elas logo foram censuradas.

Fonte G1

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