A fuga do presídio daquele que é considerado um dos maiores estupradores de Goiás, acusado de cometer mais de 100 estupros e condenado a quase 200 anos de prisão, completou quatro meses nesse domingo (17/4). A investigação não descarta a hipótese de que possa ter ocorrido alguma facilitação dentro do sistema prisional.
Ele sumiu quando fazia a limpeza da área externa de uma estrutura do sistema prisional do estado. Até então, a Polícia Civil de Goiás (PCGO) e a Diretoria Geral de Administração Penitenciária (DGAP) não conseguiram descobrir o paradeiro de Wanderson Alves Carvalho, conhecido também como Dentinho ou Mulato, de 47 anos.
O homem que aterrorizou mulheres de Goiânia e região no início dos anos 2000 e que foi encontrado pela polícia em 2004, escondido numa grota em Paraúna (GO), a 160 km da capital, segue nas ruas e, ainda, com muitos anos de prisão para cumprir.
Dentinho fugiu do Completo Prisional de Aparecida de Goiânia na noite do dia 17 de dezembro. Era uma sexta-feira. A investigação trabalha com algumas possibilidades, sobretudo com a chance de que possa ter ocorrido alguma “ajuda” por parte de agentes prisionais.
O inquérito sobre o caso foi instaurado, a princípio, no 1º Distrito Policial de Aparecida, que é o responsável imediato pelas ocorrências dentro dos presídios da cidade. As primeiras diligências, no entanto, denotaram a necessidade de um empenho especializado.
Semanas depois de iniciada a investigação, conforme checou o Metrópoles, o caso foi transferido para a Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), onde vem sendo tratado com total sigilo para não prejudicar a elucidação. A unidade já foi responsável, no passado, por operações sobre a atuação de agentes prisionais e a articulação de facções no presídio.
Ação criminosa
Dentinho agiu entre 2001 e 2004, em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Para cometer os estupros, ele costumava usar uma bicicleta, vestia boné e bermuda. Ele abordava, principalmente, mulheres jovens que estivessem sozinhas na rua, com foco em universitárias. A tática dele era quase sempre a mesma.
O estuprador pedia uma informação na rua e, quando a mulher ia responder, ele a ameaçava com uma arma. Em seguida, a vítima era levada para uma área baldia, onde ele não só praticava o estupro, mas também roubava pertences, como joias e celulares.
Ele costumava agir nas primeiras horas do dia. Dentinho chegou a ser preso em 2001, mas foi solto por falta de provas. Em 2004, novamente detido e com relatos mais robustos sobre sua atuação, ele foi reconhecido de imediato por 31 vítimas na Delegacia da Mulher em Goiânia.
Em Aparecida de Goiânia, outras 51 mulheres registraram ocorrência contra ele e 11 o reconheceram, assim que o viram. Além disso, havia mais dezenas de registros em outras delegacias, inclusive na Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente.
O estuprador era considerado “cela livre”, ou seja, podia passar o dia todo fora das grades, no pátio interno e com acesso às dependências da unidade prisional. “Até jogava PlayStation com os agentes”, disse ao Metrópoles um servidor do sistema penitenciário, que pediu para não ser identificado.
Ele exercia algumas atividades no interior do Complexo Prisional. Por um tempo, ajudou fazendo o lanche dos agentes. Nos meses anteriores à fuga, fazia a limpeza e a jardinagem do Núcleo de Custódia, considerado o presídio de segurança máxima de Goiás.
Fonte Metrópoles
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