Brasil Condena Violência do Regime Maduro’

Ricardo Moraes/Reuters - 23.02.2019
Itamaraty classifica como “brutal atentado aos direitos humanos” o uso da força contra civis na fronteira da Venezuela com o Brasil e com a Colômbia.O Itamaraty se posicionou, no início da madrugada deste domingo (24), sobre o uso da força por parte Venezuela contra a própria população na fronteira com o Brasil e com a Colômbia. O governo brasileiro chamou a violência da Guarda Nacional Bolivariana contra civis como um “brutal atentado aos direitos humanos”.  Segundo a nota, o bloqueio de caminhões que levariam ajuda humanitária internacional à população da Venezuela “caracteriza, de forma definitiva, o caráter criminoso do regime Maduro” Na cidade de Santa Elena de Uairén, próximo à fronteira do Brasil, quatro pessoas foram mortas no sábado (23). O confronto no lado colombiano deixou pelo menos 285 feridos, principalmente indígenas da etnia pemon. o Brasil chama o governo de Maduro de “regime ilegítimo” e apela à comunidade internacional para que o auto-proclamado presidente Juan Guaidó seja reconhecido.

Leia a íntegra da nota do Itamaraty:

“O Governo do Brasil expressa sua condenação mais veemente aos atos de violência perpetrados pelo regime ilegítimo do ditador Nicolás Maduro, no dia 23 de fevereiro, nas fronteiras da Venezuela com o Brasil e com a Colômbia, que causaram várias vítimas fatais e dezenas de feridos. O uso da força contra o povo venezuelano, que anseia por receber a ajuda humanitária internacional, caracteriza, de forma definitiva, o caráter criminoso do regime Maduro. Trata-se de um brutal atentado aos direitos humanos, que nenhum princípio do direito internacional remotamente justifica e diante do qual nenhuma nação pode calar-se.

O Brasil apela à comunidade internacional, sobretudo aos países que ainda não reconheceram o Presidente encarregado Juan Guaidó, a somarem-se ao esforço de libertação da Venezuela, reconhecendo o governo legítimo de Guaidó e exigindo que cesse a violência das forças do regime contra sua própria população.”