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Bolsonaro desmente Moro e diz que ex-ministro queria vaga no STF

Foto: Reprodução /Youtube

Em tom visivelmente sentido, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse em pronunciamento oficial que “uma coisa é ter uma imagem e conhecer uma pessoa, a outra é conviver com ela”. O Presidente disse que o ex-ministro se omitiu em alguns casos e revelou que Moro já havia concordado com a mudança de comando na Polícia Federal, mas em novembro, após uma indicação do ministro a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Mais de uma vez ele disse: ‘pode trocar o Valeixo sim, mas depois que me indicar ao STF’. Reconheço as suas qualidades (de Moro), pode fazer um bom trabalho, mas eu não troco. É desmoralizante para um Presidente ouvir isso”, disse Bolsonaro.

O Presidente também explicou que é prerrogativa sua a nomeação ou exoneração do cargo de diretor-geral da Polícia Federal. “Desculpe, senhor ministro, mas o senhor não vai me chamar de mentiroso. Falei por telefone ontem à noite com o Valeixo e ele concordou em deixar o cargo a pedido. Além disso, fez uma reunião com os 27 superintendentes avisando que estava deixando o cargo”, afirmou Bolsonaro sobre a acusação do ex-ministro Sergio Moro de que o diretor-geral não sabia que seria exonerado. Bolsonaro também afirmou que nunca interferiu na Polícia Federal e só queria respostas sobre assuntos que eram diretamente ligados a ele. “Eu só queria saber quem mandou matar o Presidente. Deram mais atenção para o caso Marielle do que para a tentativa de assassinato com a prisão em flagrante do assassino (Adelio Bispo, que foi preso e considerado incapaz)”. Outro ponto foi sobre o pedido para apurar a declaração do porteiro de seu condomínio de que o suposto assassino da vereadora do Rio Marielle Franco (Psol) teria procurado o então deputado federal Jair Bolsonaro na casa dele. “Precisou meu filho ir na portaria filmar a secretária eletrônica para comprovar que queriam me incriminar”.

O Presidente também citou a suposta ligação de seu filho Jair Renan, (o filho 04) com a filha de um dos supostos assassinos. “Eu tive que apurar e foram os policiais federais que colheram depoimento do sargento que disse que a filha não havia namorado meu filho”, considerou. Por fim, o Presidente leu um texto e disse que tinha torcido para que tudo desse certo. “Torci muito pra dar certo, mas infelizmente, ou felizmente, no dia de hoje, após nossa conversa no dia de ontem, marcou coletiva e fez acusações infundadas que eu lamento. Mais importante que a biografia que ele tanto defende, é o futuro da nação.  Compromisso é com Deus e com a democracia. Sempre mantive diálogos republicanos com todos os meus ministros, mas em qualquer situação mantive o respeito à opinião de todos”.

Fonte: Folha de Vitoria

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