A advogada Ana Keyla Teixeira, esposa do médium João de Deus, participa, no Fórum de Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal, de audiência judicial. A sessão, marcada para a tarde desta quinta-feira, com início previsto às 13h30, refere-se ao processo pelo qual a mulher responde, em conjunto com o marido, por posse ilegal de armas de fogo. Conforme repassou a comunicação do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), apenas a assessoria de imprensa do órgão poderá acessar a sala onde será feita a audiência. Os demais veículos interessados em realizar a cobertura devem acompanhar o caso na área externa do fórum. Ana Keyla se tornou ré no processo no dia 18 de fevereiro após denúncia recebida pelo juiz Ricardo Silveira Dourado, da 1ª Vara Criminal. No dia 18 de dezembro de 2018, durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência do casal, os policiais encontraram cinco armas, quatro de fogo, e um simulacro, além de aproximadamente R$ 405 mil. Não foram localizados documentos para determinar a legalidade do armamento, composto por munições, três revólveres, dois de calibre 22 e um 38; duas pistolas, uma calibre 380 e outra de airsoft; e uma garrucha com registro raspado. Uma das armas foi encontrada dentro de uma gaveta de calcinhas da mulher. Ana Keyla prestou depoimentos em outras ocasiões e afirmou não ter conhecimento da existência de arma. Ela também negou que já tivesse visto o marido portando ou escondendo arma de fogo e chegou a alegar que, em razão da presença da filha na casa, ela não permitiria que armas ficassem no recinto. Caso João de Deus. O médium foi preso no dia 16 de dezembro de 2018 e encaminhado ao Núcleo de Custódia de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Ele responde processos de abuso sexual contra mulheres durante atendimentos espirituais mediante fraude e estupro de vulnerável. João de Deus nega todas as acusações. No dia 21 de março, o Superior Tribunal Federal (STF) determinou a internação do réu no Instituto de Neurologia de Goiânia. A decisão teve como base a avaliação do estado de saúde feita por um médico contratado pela defesa, que alegou a existência de um aneurisma e risco de “morte súbita” em caso de rompimento do vaso sanguíneo. O filho do médium, Sandro Teixeira, também foi preso no dia 2 de fevereiro por coação e corrupção de testemunhas. Ele foi solto após decisão da Justiça.
Fonte: Mais goiás.