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Arsênio, substância encontrada no sangue de família três delas morreram após comer bolo

Resultados de análises laboratoriais feitas pelo Hospital Nossa Senhora dos Navegantes apontam que havia arsênio no sangue de uma das vítimas e de dois sobreviventes que passaram mal após comer um bolo em uma confraternização familiar em Torres (RS).O arsênio é um semi-metal, também chamado de metaloide, que está presente de forma natural na crosta da Terra e liberado de forma natural em poeiras de vulcões, por exemplo. O elemento, contudo, também poder ser obtido pela ação humana, especialmente pela mineração. O arsênio pode gerar compostos orgânicos e inorgânicos. Esse segundo é o mais perigoso para as pessoas. Um desses compostos inorgânicos é o arsênico — o elemento é usado em pesticidas ou venenos para roedores, por exemplo.

Fabiana Soares, médica, mestre em medicina de família e comunidade pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), explica ao Correio como o composto pode afetar o corpo humano. “Na forma aguda, ou seja, imediata, (o arsênico) causará vomito, enjoo, diarreia, a pessoa pode ficar desorientada. A gente coloca ‘volume’, hidrata a a pessoa, mas ela pode não responder e acaba falecendo, especialmente se ela não souber que teve contato com o arsênico. A exposição crônica, ou seja, a longo prazo, uma pequena exposição todos os dias, a pessoa pode ter pressão alta, diabete e até câncer”, detalha.

Segundo relatório Exposição ao arsénio: uma grande preocupação de saúde pública, feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e publicado em 2019, existem diversas razões para as pessoas serem expostas ao arsênio — com liberação na atmosfera ou na água. Veja algumas:

Sete pessoas da mesma família estavam reunidas em um café da tarde quando começaram a passar mal, conforme a Polícia Civil. Somente uma delas não comeu o alimento. Três delas morreram e seus corpos foram enviados para necropsia no Instituto-Geral de Perícias (IGP). Resultados de exames que testam a causa de morte devem ser divulgados na próxima semana. Foram analisados o sangue de Neuza Denize Silva dos Anjos, que morreu depois de ingerir o alimento, e de outras duas pessoas: da mulher que preparou o bolo e do sobrinho-neto dela, de 10 anos. Os nomes deles não foram oficialmente divulgados. Eles estão hospitalizados e estão “clinicamente estáveis”, segundo boletim médico. Outras duas pessoas, além de Neuza, morreram em um intervalo de poucas horas. Tatiana Denize Silva dos Santos e Maida Berenice Flores da Silva tiveram parada cardiorrespiratória.

O delegado Marcos Vinícius Veloso, que conduz as investigações, disse ao g1 que a mulher que fez o bolo foi a única a comer duas fatias. A maior concentração de veneno foi encontrado no sangue dela. O delegado informou que o ex-marido da mulher que fez o bolo morreu em setembro por intoxicação alimentar. Na época, a morte não foi investigada pela polícia por ter sido considerada natural, mas agora a instituição instaurou inquérito e pediu a exumação do corpo.

Fonte Correio Braziliense

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