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Alternativa Para Unidade Oncológica Manter Atendimento em Anápolis

Em entrevista coletiva na manha desta segunda feira (13/05) o prefeito Roberto Naves falou a imprensa sobre a situação da Unidade Oncológica “Mauá Cavalcante Sávio” estabelecimentos habilitados como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) ou como Centro de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), podem realizar tratamento de quimioterapia em pacientes de câncer. Poderá ganhar um tempo maior para se adequar à Portaria 874/2013, do Ministério da Saúde, . O Prefeito Roberto Naves anunciou que a UOA poderá ter um prazo de dois anos para buscar a adequação. Segundo ele, isso está sendo possível através de um aceno que foi feito pelo diretor do Hospital Evangélico Goiano (HEG), Ernei de Pina, ao diretor da Unidade Oncológica, André Beltrão, que também participou da coletiva, juntamente com o presidente da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), Cláudio Cabral. A UOA atua em Anápolis desde 1994. Entretanto, nos últimos anos, vem enfrentando dificuldade para garantir o atendimento não apenas aos pacientes do Município, mas de pelo menos outras 70 localidades, por conta da determinação expressa na portaria ministerial, que foi objeto de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público. De acordo com Roberto Naves, a partir desta sinalização, ele se reuniu com o Ministério Público para solicitar a prorrogação, por mais dois anos, a vigência do TAC. Sem a sinalização por parte do HEG, ressaltou Roberto Naves, a Prefeitura não teria como interceder, já que o Hospital Evalégico é quem detém a agenda de atendimento e o Município promove a regulação em cima dessa agenda.  “O Dr. Ernei foi sensível e, dessa forma, encontramos um caminho para mantermos os serviços da Unidade Oncológica de Anápolis”, frisou o chefe do Executivo, assinalando que, havendo necessidade, o Município poderá disponibilizar leitos do Hospital Municipal, para a parcela de atendimentos de pacientes que necessitam de internação. Dessa forma, abre-se a possibilidade de Anápolis ter a terceira Unacon (já tem a do HEG e a da Santa Casa de Misericórdia) e, dessa forma, o município consolidaria ainda mais como um polo de referência neste tido de assistência médica. Além, ainda, da possibilidade de haver uma pactuação com municípios da região Sul de Goiás, cuja demanda, em grande parte, é absorvida pelo Hospital Araújo Jorge, em Goiânia que, como a Unidade “Mauá Cavalcante Sávio”, tem como entidade mantenedora a ACCG. Nesta terça-feira, 14/05, deve acontecer uma nova rodada de reunião no Ministério Público entre a Prefeitura, a direção da UOA e, agora, também do HEG, a fim de que seja fechada a proposta. A ideia é que o Hospital Evangélico repasse uma cota de sua “agenda” de atendimento para a unidade “Mauá Cavalcante Sávio”.

Equilíbrio

O presidente da ACCG, Cláudio Cabral, explicou haver um equilíbrio financeiro, é necessário que a unidade tenha uma média de 900 atendimentos na quimioterapia e entre 100 e 110 na radioterapia. Neste último caso, a UOA é referência, sendo a única prestadora deste serviço para a região Norte. A proposta de construção do hospital da UOA não está descartada, mas, segundo o presidente da ACCG, “é mais difícil construir atendimento do que construir uma unidade física”, ou seja, trata-se de um projeto complexo que, dificilmente, seria executado num prazo de apenas dois anos. Cláudio Cabral destacou que, em nenhum momento, a ACCG trabalhou com a hipótese de fechamento da Unidade Oncológica de Anápolis. Porém, reconheceu a dificuldade em prestar um serviço de qualidade, sem que haja o necessário equilíbrio financeiro. Ele acredita que há espaço para uma terceira Unacon e que é preciso buscar um fluxo de pacientes para garantir o pleno funcionamento.

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