Lucas Soares, de 36 anos, o policial conhecido como hipster da federal, se tratava uma depressão severa e era apaixonado por animais e plantas. Filho de pastores, o agente perdeu o pai e o irmão quando era mais jovem. Isso é o que relata a advogada Sindd Campos, que representa a família do policial,
baleado e morto na noite da última terça-feira (2/ 3), após ter um surto psicótico e invadir uma chácara em Buritinópolis (GO), no nordeste goiano.
“O Lucas estava passando por uma depressão, iniciada na pandemia. Ele era conhecido por ter o coração gigante. Cuidava de animais, era extremamente sensível e muito querido na polícia. Muito estudioso, ele passou em primeiro lugar no concurso da PF”, contou a advogada ao Metrópoles.
Perdido
A família de Lucas aproveitou o feriado de Carnaval para passar uns dias de descanso em uma propriedade rural na cidade de Mambaí, vizinha de Buritinópolis. Estavam hospedados juntos a mãe, o pai e o irmão do policial, que fazia aniversário.
O agente federal teria saído para caminhar na noite de segunda-feira (28/2), mas teria tido um surto e não conseguiu achar o caminho de volta. Ele estava desarmado e sem telefone celular.
“Foi a primeira vez que ele teve um surto. Ele estava muito voltado para a busca interior. Tanto que ele não bebia, não fumava, estava em um momento de transição, realmente de limpeza. Ele estava muito voltado para a espiritualidade”, comentou Sindd.
Outras tragédias
Lucas é filho de pastores e é de uma família muito religiosa, segundo a advogada. Ele tinha outros dois irmãos, mas um deles morreu quando era mais jovem. O pai dele também faleceu quando o policial federal era bem pequeno e ele tinha o padrasto como pai.
A família de Lucas entende que não houve excesso por parte do dono da chácara invadida que atirou contra ele. Os horários do velório e enterro de Lucas ainda não foram definidos e divulgados.
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